Quem Sou Eu: De vítima a protagonista na minha Vida

Quem é a Greicieli Caetano?

Eu sou Greicieli Caetano, nascida e criada em Curitiba, tenho 30 anos e sou engenheira civil. Isso é o que todos nós respondemos quando nos fazem essa pergunta, mas, de fato, essa é a resposta mais simples para uma pergunta tão importante. Já me fiz essa pergunta várias vezes e, muitas vezes, eu não soube responder. Infelizmente, isso acontece, e tudo bem. Somos feitos de fases e estamos em constante evolução, e isso é ótimo. Imagine não buscar evoluir e melhorar como pessoa? Seria horrível.

Atualmente, sou uma pessoa em autodesenvolvimento, em busca do meu progresso e prosperidade em todas as áreas da minha vida. Essa é a fase mais desafiadora da minha vida, pois lidar com nossas feridas é algo que requer muita coragem e amor. Precisamos de amor para nos acolher e respeitar.

Vivi muito tempo me negligenciando, culpando os outros, achando que o mercado estava errado, totalmente arrogante. Mas, com o passar do tempo, percebi que realmente precisava mudar, pois não aguentava mais falar: “quero mudar”, “por que eu não ganho mais dinheiro?”, “a vida é injusta comigo”, etc. Eu estava no meu papel de vítima, sempre buscando um “colo” quando algo dava errado, em vez de assumir a responsabilidade.

Desde que decidi mudar o rumo da minha vida, comecei a entender muitas coisas importantes que estava deixando de lado, principalmente a autorresponsabilidade. Afinal, fui eu que tomei aquelas decisões. O mercado financeiro é uma escola de autodesenvolvimento. Ele requer inteligência emocional e vai te colocar em situações das quais você não terá como fugir, a não ser aprender com elas.

A Greici de hoje já passou por muitas e muitas coisas. Aprendi muitas coisas boas e muitas coisas ruins. Já chorei, tive muitas crises de ansiedade, e neguei muitas vezes estar errada. O ego, muitas vezes, falou mais alto. Enquanto isso, fui percebendo que precisava aprimorar a habilidade da humildade, de aceitação e validação.

Durante esses 4 anos no mercado financeiro, aprendi várias coisas, além da parte técnica, principalmente que cada um tem o seu tempo de viver.

No meu processo de autodesenvolvimento, eu já fui muito mais ansiosa e impaciente. Eu queria as coisas “pra ontem”, não tinha um pingo de paciência para esperar. Imagine isso no mercado financeiro, onde precisamos de tempo e paciência até que as coisas se alinhem. Há 4 anos, eu nem tinha um operacional [risos], Hoje meu trade system é baseado no método Oliver Velez e refinado com Fibonacci. Depois de muito sofrimento, aprendizado e, principalmente, humildade, venho conseguindo desenvolver a paciência e evitar me autossabotar.

Eu vivi um período no mercado de ganha/perde. Muita gente passa por isso. No meu ponto de vista, é quando a autoconfiança e o ego predominam. Você ganha, ou vem de uma sequência de ganhos, e começa a querer aumentar a mão e achar que pode pular etapas e se alavancar (erro que mais cometi). Hoje vejo que esses erros foram fundamentais para meu aprendizado. Não estou dizendo que as pessoas devam fazer isso, mas eu cometi esse erro e escolhi aprender com ele. Sei o quão sofrido é perder o salário de um mês em minutos. Esses dias são conhecidos como os dias de “fúria”, terríveis. Hoje percebo que não honrava o meu dinheiro e não tinha respeito por mim mesma. Eu tirava dinheiro de coisas importantes para colocar no mercado. Toda vez que tinha dias de fúria, eu me afastava ainda mais dos meus objetivos. Isso me frustrava, pois sabia que era um erro por falta de humildade em aceitar estar errada. A arrogância não me permitia zerar a operação e aceitar o loss.

Eu sempre quis entender os motivos que me levavam a ter esse tipo de atitude. Era um padrão negativo de repetição que me destruía, mas eu não conseguia parar. Cada vez que errava, pior me sentia. Além de sentir que estava falhando como pessoa, vinha o sentimento de incapacidade pessoal e profissional. Ao mesmo tempo, vinha um sentimento de determinação e perseverança. Não queria desistir do meu sonho e dos meus objetivos, queria vencer, mas meu maior adversário era eu mesma.

Tive que lidar com as perdas de maneira que nunca havia lidado antes, principalmente não reprimir aquele sentimento. Tive que entender a razão da perda e aceitar que aquilo era consequência das minhas atitudes, e me cuidar para não repetir novamente, principalmente o erro de alavancar para recuperar prejuízos e acabar aumentando ainda mais a perda.

Decidi focar em cuidar do meu estado mental, afinal eu estava adoecendo mentalmente. Então, fui atrás de uma psicóloga e coach. Estava determinada a mudar esses padrões negativos de repetição. Já completei 1 ano de acompanhamento com psicóloga, e agora iniciei a mentoria de coach com a Fernanda Chaud, especialista em desenvolvimento pessoal.

Nesse processo terapêutico, evoluí muito. Acredito que todos deveriam fazer, pois assim foi possível entender e compreender muito sobre mim mesma. Nesse processo, vi que tenho alguns esquemas comportamentais, e quando estou com esses esquemas “ativados” – sentimentos de tristeza, raiva, entre outros – são os dias que prefiro me ausentar do mercado. Sei que posso descontar essas emoções no trade e acabar perdendo dinheiro. Também aprendi a ter mais independência emocional. Quando perdia dinheiro, tinha que ir “correndo” buscar apoio, um consolo para meus erros. Nesse período de terapia, consegui cuidar disso. Hoje, acolho meus erros, tento entender o motivo deles e me responsabilizo por eles, em vez de sempre esperar que os outros me deem consolo.

Durante esse período, meu maior aprendizado foi ter humildade, estudar cada vez mais e não desistir, apesar dos erros cometidos. É entender o erro e ter autocontrole, buscar conhecimento com terapia, livros, amigos e não desistir, focando no método escolhido para operar.

Durante esse período eu também tive momentos de sucesso, ganhei bastante além de perder, eu tenho que valorizar isso. Meus momentos de sucesso foram dia após dia, observando que, com o decorrer do tempo, conforme eu ia colocando em prática o que havia me proposto a fazer, dava certo. A autodisciplina funciona e o foco no objetivo em operar bem me ajuda, pois tira o foco do dinheiro. Afinal, dinheiro é a consequência de um trabalho bem feito. Hoje eu vejo que tenho feito um trabalho bem feito na questão operacional e na questão da gestão emocional.

Durante esse período eu recebi apoio de pessoas importantes e essenciais, elas me ajudaram a entender e suportar o processo, sou grata a todos eles.

Não quero ser ingrata com quem me deu muito apoio. Foram ótimos e importantes, mas eu estava usando isso como uma espécie de muleta para minha carência emocional. Não era o certo pra mim e nem justo sobrecarregar o outro que estava dispondo do seu tempo e empatia comigo.

Hoje vejo que tudo o que passei foi essencial. Agradeço por cada erro cometido e cada acerto. A vida me deu oportunidades de aprender. Hoje, no meu processo de autodesenvolvimento, estou em busca de aperfeiçoar minhas habilidades e evoluir ainda mais, buscando alcançar meus objetivos pessoais e financeiros.

Então, quem sou eu?

Sou uma pessoa em constante evolução, não sou a mesma de ontem. Quero melhorar a cada dia, buscar minha melhor versão todos os dias, e viver em plenitude e em conformidade com meus princípios e valores. Quero ir além do comum. Quero poder dizer amanhã: “Não foi fácil, mas venci a mim mesma. Venci a autossabotagem, o vitimismo, a arrogância e o medo.”

“Cada desafio é uma oportunidade disfarçada; acredite em si mesmo e transforme suas dificuldades em conquistas.”

MEUS MELHORES TRADES